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segunda-feira, 17 de maio de 2010

Coisas que acontecem no Brasil

Aconteceu no interior de São Paulo.

O médico veterinário João Paulo conseguiu o grande feito de passar em primeiro lugar no concurso do Conselho de Medicina Veterinária de São Paulo, que controla o exercício da profissão, para o cargo de fiscal.

Após a divulgação do resultado ele tinha mil motivos para comemorar. O problema veio com a publicação dos convocados, qual foi a sua surpresa quando o segundo colocado foi chamado antes dele.

O representante do Conselho de Medicina Veterinária diz que o candidato não foi chamado porque não se enquadrava nos requisitos para o cargo, mas a posição será revista.

Inconformado com a situação, João Paulo decidiu procurar o Ministério Público Federal e só quando a Procuradoria da República entrou no caso, o Conselho de Medicina Veterinária do estado de São Paulo decidiu chamar o candidato para uma perícia médica que vai dizer se ele pode ou não exercer a atividade.

“Na hora de fazer o concurso, a documentação dele mostrou que ele estava apto. O conselho o aceitou e simplesmente depois de aprovado, foi ignorada a ordem de classificação e ele não foi nomeado”, explica o procurador da República Thiago Lacerda Nobre.

O médico veterinário, que já trabalhou em função semelhante no Paraná, desabafa: “É mais a sociedade incapaz de receber o cadeirante, não permitindo a acessibilidade, do que o cadeirante incapaz de se incluir”. João Paulo já passou pela perícia médica, mas ainda não recebeu o resultado da avaliação.

Adaptado de: Bom dia Brasil.



Nota do blog:


Cara, que loucura. E o pior: Era um CONSELHO DE MEDICINA. Até quando esse tipo de coisa vai acontecer no Brasil?

O Brasil, que está atraindo a atenção do mundo por causa da Copa do Mundo, precisa se procupar mais com esse tipo de problema que é real, mas que todo mundo finge que não vê.

É muito fácil ficar na frente da TV vendo a novela e tendo pena da atriz que interpreta uma cadeirante e culpar as autoridades que não fazem nada e tal, mas quando vai às ruas estaciona em uma vaga para deficientes, por exemplo, ou sequer cede um lugar no ônibus para um idoso que mal consegue ficar de pé.

As ações começam daí, da educação. O cadeirante é um cidadão como qualquer outro e deve ter seus direitos assegurados, e não pode ser tratado como uma pessoa com uma doença contagiosa, da qual ninguém pode chegar perto.

E a autoridades precisam agir também. Criar ações que facilitem a vida dessas pessoas, integrem-nas à sociedade, afinal, se isso pode servir de motivação a vocês, eles também votam.

E você, o que acha? Já teve ou viu um problema semelhante com alguém?

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